domingo

A Vaquinha Naná

No projecto dos animais, eu optei por fazer uma vaca. No início pensei que iria ser fácil, mas enganei-me redondamente. Vou começar por descrever o material que foi necessário para efectuar este projecto: -Canas; -Serrote; -Fita-cola; -Kgs de papel (jornais e listas telefónicas); -Lixo leve e que não cheirasse mal; -Fita-cola tesa; -Cola branca; -Pincel; -Tinta de parede branca; -Tinta acrílica preta; -Guaches azuis, rosa, castanho; -Pincéis pequenos; -Verniz; -Espuma de poliuretano; Na execução propriamente dita, comecei por cortar as canas pelo tamanho pretendido, e aqui começou o primeiro dilema: o professor sugeriu-me fazer a vaca em altura, ou seja, a pobre criatura iria ter aproximadamente 2,5m de altura. Ao fim de uma semana acabei por desistir pois esta não se aguentava em pé. É claro que esta experiência deixou danos irreversíveis na vaca, pois as patas ficaram tortas e nunca mais as consegui endireitar, e também já não tinha tempo para começar tudo de novo, nem canas novas para construir outro animal. Passado este episódio, comecei a forrar as canas que estruturavam o corpo da vaca com papel, mas logo vi que nunca mais dali sairia se continuasse a juntar jornal e a prender com fita-cola. Decidi então forrar a vaca com jornal, à volta, e fui enchendo com tudo o que vinha à mão, fosse leve e não cheirasse mal. Foi aí que os jornais acabaram, e não tive outro remédio senão usar as listas telefónicas. Ao todo acho que gastei uma e meia. Quando acabei de encher o corpo redondo e volumoso da vaca, que não ficou nada duro, muito pelo contrário, comecei a forra-lo com jornal colado com cola branca, para endurece-la um pouco e para a preparar para levar a tinta. Mas antes da pintura tive de moldar também a cabeça. No entanto, esta foi feita sempre com jornal bem junto e preso com fita-cola, para que não ficasse mole como o resto do corpo. Fiz uma boca aberta para que pudesse ter a língua de fora, uns corninhos e repeti a tarefa de passar cola branca e pude passar às tetas da vaquinha, que começava a ganhar forma. Fiz a bolsa das tetas com espuma de poliuretano e as próprias com jornal forrado com fita-cola tesa. Finalmente, pude passar à pintura. Dei duas camadas de tinta de parede branca em todo o animal, desenhei-lhe as manchas, os olhos e o nariz e no fim colori-os, as manchas de preto, os olhos de azul, o nariz e a língua de rosa, o interior da coca de vermelho, os corninhos de castanho e as tetas de lilás, a parecer gelado de framboesa. No fim de todo este processo, foi só passar-lhe uma camada de verniz e expô-lo no hall da escola.

Nota: A reportagem fotográfica da vaquinha Naná irá ser publicada amanhã.

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