domingo

Projecto Tecnológico

Durante o meu estágio, que se irá realizar no jardim-de-infância Cego do Maio, tenciono desenvolver, como projecto tecnológico, um teatro de fantoches de pau, com as crianças da sala dos 5/6 anos. Escolhi esta faixa etária porque para realizar fantoches de pau convém as crianças terem minimamente desenvolvida a sua motricidade fina, para pintar, recortar e colar os fantoches. Quanto à história, escolherei, conjuntamente com as crianças, uma das três que lhes irei ler (anexo1), incentivando-as, com esta actividade, a cultivarem os seus próprios hábitos de leitura. Para esta actividade, irei precisar das imagens dos personagens da história escolhida, a preto e branco, de modo a que as crianças as possam colorir, usando os materiais disponíveis no jardim-de-infância. Precisarei também de cartão de Bristol, de formato A2, e de cola, para que as crianças possam colar a esse mesmo cartão de Bristol as personagens devidamente pintadas, e de uma tesoura, que eu própria manusearei, para recortar as personagens. Depois disso, ainda irei precisar de paus, de mais ou menos 30 cm de comprimento e sensivelmente 2 cm de largura, que eu própria irei arranjar, de modo a colar as personagens já feitas a estes. Para o cenário estou a pensar arranjar uma placa de esferovite ou mais um cartão de Bristol, ambos com a mesma medida que o anterior (formato A2), para depois, no escolhido, aplicar o fundo com materiais reciclados (rolhas, jornais, cartão velho, etc.) e com materiais que toda a gente tenha em casa (arroz, massinhas, algodão, etc.), e também pintá-lo com tintas que estejam disponíveis no jardim de infância. Irei precisar também de uma banda sonora, que escolherei em conjunto com as crianças e que eu própria compilarei, num CD, para enriquecer o teatro de fantoches de pau. Quanto à apresentação do projecto, não tendo a certeza se conseguirei reunir todos os pais para apresentar o teatro, tentarei essa tentativa e, se não for possível, apresentaremos às professoras e aos restantes meninos do infantário, no salão de festas disponível no jardim de infância. A Carochinha Era uma vez uma carochinha que achou cinco réis ao varrer a cozinha. Foi comprar laços, fitas e enfeites para se pôr bonita. Pôs-se à janela para ver quem queria casar com ela: - Quem quer casar comigo? Passou um burro e respondeu-lhe: - Quero eu, quero eu. - Como te chamas? - Om, im om, om im om. - Não serves para casar comigo porque tens uma voz muito grossa. No outro dia passou um cão e ela tornou a perguntar: - Quem quer casar comigo? - Quero eu, quero eu. - Como te chamas? - Ão, ão, ão. - Não serves para casar comigo porque tens uma voz muito feia. No outro dia passou um gato e ela tornou a perguntar: - Quem quer casar comigo? - Quero eu, quero eu. - Como te chamas? - Miau, miau, miau. - Não serves para casar comigo porque tens uma voz muito fina. No outro dia passou um rato e ela tornou a perguntar: - Quem quer casar comigo? - Quero eu, quero eu. - Como te chamas? - Sou o João Ratão. - Ah! Sim. Tu serves para casar comigo. Ora, o João Ratão e a Carochinha lá casaram e foram felizes até que um dia aconteceu uma desgraça. Um domingo, a Carochinha foi à missa e o João Ratão não quis ir, ficando a cuidar da comida. - Não vás mexer no tacho - disse-lhe a Carochinha. Mas o João Ratão, como era muito guloso, foi logo espreitar lá para dentro. Truz, catrapuz, lá caiu o João Ratão para dentro do caldeirão. Veio a Carochinha e não o achou, procurou, procurou, correu a casa toda e nada. Pensou em ir comer sozinha. Quando foi tirar a comida apanhou um grande susto porque viu lá dentro o seu querido marido. Começou a chorar e a dizer: - Ai, meu rico João Ratão, morreu cozido, frito e assado no caldeirão! Ai, meu rico João Ratão, morreu cozido, frito e assado no caldeirão! O patinho feio Era uma vez uma patinha que teve quatro patinhos muito lindos, porém quando nasceu o último, a patinha exclamou espantada:- Meu Deus, que patinho tão feio! Quando a mãe pata nadava com os filhos, todos os animais da quinta olhavam para eles:- Que pato tão grande e tão feio!Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:- Vai-te embora porque é por tua causa que toda a gente está a olhar para nós! Afastou-se tanto que deu por si na outra margem. De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em voo. O cão dos caçadores perseguiu-o furioso. Conseguiu escapar do cão mas não tinha para onde ir, não deixava de andar. Finalmente o Inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele cheios de pena.- Onde é que irá o Patinho Feio com este frio? Não parava de nevar. Escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho!E levou-o para casa. Lá em casa, trataram muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciúmes, que pensava: "Desde que este patucho está aqui, ninguém me liga". Voltou a Primavera. A velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.O gato então aproveitou a ocasião.- Vai-te embora! Não serves para nada! A nadar chegou a um lago em que passeavam dois belos cisnes que olhavam para ele. O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se reflectido na água, viu, nada mais, nada menos, do que um belo cisne que não era outro senão ele próprio. Os cisnes desataram a voar e o Patinho Feio fugiu atrás deles.Quando passou por cima da sua antiga quinta, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram:- Que cisnes tão lindos! A Lebre e a Tartaruga Era uma vez uma lebre muito vaidosa e uma tartaruga. Um dia, a lebre desafiou a tartaruga para uma corrida e a tartaruga aceitou, mas a lebre desatou a rir e disse que ia ganhar porque a tartaruga era muito lenta a andar. E começou a corrida.A lebre já ia longe e a tartaruga ainda mal tinha começado, quando a lebre se lembrou de descansar um bocadinho. Só que a lebre se deixou dormir debaixo de uma árvore. A tartaruga ia andando devagar e passou ao pé da lebre que estava a dormir. Andou, andou e a tartaruga estava quase a chegar à meta quando a lebre deu por isso porque os outros animais começaram a gritar:- Viva, viva, viva a tartaruga que já ganhou.A lebre começou a correr, a correr, mas não conseguiu chegar primeiro. A tartaruga ganhou e a lebre nunca mais foi vaidosa.

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